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"... história literalmente no osso, sem corpos nem paisagem, todo o aparato da escrita reduzido ao palco de uma cela onde se digladiam duas vozes. Trata-se de uma espécie de teatro mental, por onde passam algumas das maiores tensões e angústias do nosso tempo: a retórica do medo, a intolerância, os abusos cometidos em nome da democracia, a incapacidade de compreender o outro, de respeitar quem não pensa como nós. Zink não faz do duelo entre os dois homens mero veículo para um qualquer discurso político. Em vez disso, e com muito mais eficácia, descontrai ideias feitas sobre a ameaça do fanatismo religioso e o seu reverso (a paranóia securitária) mostrando-nos como as relações de poder se podem dissolver no próprio absurdo que as sustém."
José Mário Silva- Expresso

 


Texto - Rui Zink

Encenação - Américo Rodrigues
Cenografia - José Teixeira
Interpretação - Luciano Amarelo e Valdemar Santos
(Participação especial do palhaço ما يخيف ولكن لا تقتل)

Desenho de luz - José Neves
Banda sonora - Américo Rodrigues 

Operação de som e luz - João Paulo Neves
Cartaz - Pumukill
Fotos - Ana Couto

Produção executiva - Suzete Marques

Associação Calafrio

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