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Associação Calafrio
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"Empresta-me um revólver até amanhã" parte da uma leitura peculiar de duas pequenas peças de Anton Tchekhov: "O Canto" do Cisne e "Trágico à força". Nesta revisitação, o ponto Nikita ocupa o centro da trama. Ele vive no teatro, vive do teatro. O teatro é ele.
Não deixa de ser irónico que Bartleby, personagem criada por Herman Melville em 1853, tenha alimentado tantos textos e reflexões de grandes pensadores até aos dias de hoje. Este herói da inacção – ou, decididamente, um exemplo radical de anti-herói – que a tudo responde com a frase «preferia não o fazer» («I would prefer not to») sem nunca abandonar uma profunda indiferença e impassibilidade perante o que o rodeia foi intrigando e encantando geração após geração e chega aos labirintos do século XXI com perfeita actualidade, obrigando-nos a questionar as bases de uma modernidade que ainda hoje ilumina os nossos dias.
"(...) Eis Diário de um Louco, sonho monstruoso, grotesco, estranho e caprichoso do artista, brincadeira bondosa sobre a vida e o homem, sobre o homem miserável e a vida miserável (…) mas ainda estamos a rir-nos do desgraçado simplório e já o nosso riso se dilui na amargura (…)"
Uma mulher e dois homens contam e cantam, espalham gestos e memórias. Num ambiente teatral de mistério nasce um espectáculo baseado em elementos da cultura popular portuguesa: contos, canções de cordel, rezas, lengalengas, trava-línguas, romances, etc. Ninguém carrega uma mala vazia, ninguém vive sem cantar uma canção.
«Voltaire escreveu O ingénuo em 1767, ou seja, na última etapa da sua produção literária, após ter redigido boa parte da sua obra filosófica e historiográfica. (...) O personagem principal, a quem o título do romance faz referência, permite o jogo de espelhos típico da sátira ilustrada: o ingénuo é um selvagem americano recém-chegado à França de Luís XIV, um hurão das terras do Canadá que trava contacto com a sociedade civilizada exprimindo as suas opiniões a respeito do que vê. (...)
"... história literalmente no osso, sem corpos nem paisagem, todo o aparato da escrita reduzido ao palco de uma cela onde se digladiam duas vozes. Trata-se de uma espécie de teatro mental, por onde passam algumas das maiores tensões e angústias do nosso tempo: a retórica do medo, a intolerância, os abusos cometidos em nome da democracia, a incapacidade de compreender o outro, de respeitar quem não pensa como nós."
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