EMPRESTA-ME UM REVÓLVER ATÉ AMANHÃ
Empresta-me um revólver até amanhã
"Empresta-me um revólver até amanhã" parte da uma leitura peculiar de duas pequenas peças de Anton Tchekhov: "O Canto" do Cisne e "Trágico à força". Nesta revisitação, o ponto Nikita ocupa o centro da trama. Ele vive no teatro, vive do teatro. O teatro é ele. Conhece muitas peças de cor e é o guardião da memória do teatro. É no seu teatro, nos bastidores, que se encontra com o actor Vassili Vassilitch (que se deixou dormir após a actuação da noite) e se confronta com as recordações e angústias de um velho actor de passado glorioso. Na segunda parte, o veraneante Ivan Ivanovich, sobrecarregado de tarefas, procura um amigo para desabafar sobre sua deplorável condição de vítima. Ivanovitch é escravo de um trabalho extenuante porque todos lhe pedem que transporte os mais estranhos objectos. Ivan
Ivanovitch fala da sua amarga condição. Nikita, o ponto, representa o papel de Muraskhin, num crescendo de tragédia. Talvez o ponto seja ainda mais trágico do que a personagem Ivanovitch. Talvez este seja uma personagem criada por Nikita, o ponto. Talvez o ponto seja um verdadeiro trágico. Talvez Nikita tenha sempre desejado ser um actor. Trágico.
Encenação Américo Rodrigues
Interpretação Valdemar Santos, Américo Rodrigues e José Neves
Música, cenografia e luz José Neves
Sonoplastia José Neves e Pedro Costa
Vídeo Jorge Vaz Gomes
Colaborações Adriana Queiroz (voz feminina em "Trágico à força"); Mirró Pereira (guarda roupa) e António Silva (adereço).
Operação de luz e som João Paulo Neves
Cartaz Pumukill
Fotografia Tiago Rodrigues
Apoio Teatro Municipal da Guarda/Câmara Municipal da Guarda e Teatro Nacional D. Maria II.
Apoio na divulgação Terras da Beira
Agradecimentos ADM Estrela, Mecca Tronic, Sílvia Fernandes e Ricardo Pereira